O curso de especialização em Gestão de Organizações de Ciência e Tecnologia em Saúde teve sua aula inaugural no dia 01/08/16, no Salão Internacional da ENSP, e reuniu alunos e ex-alunos do programa.
O diretor de RH da Fiocruz, Juliano Lima, fez uma apresentação inicial sobre o curso, que teve as duas primeiras edições, em 2011 e 2012, voltado exclusivamente para o grupo de Analistas em Gestão de Saúde Pública aprovado no concurso público de 2010. Juliano agradeceu também ao Departamento de Administração e Planejamento da ENSP pelo trabalho de coordenação que vem realizando desde a criação da especialização. “Desde então perseguimos o objetivo de reproduzir o programa e dar oportunidade para outros trabalhadores da instituição”, explicou. De acordo com o diretor, a Escola Corporativa projeta a transformação da totalidade do curso em módulos de educação a distância.
Devido ao intenso trânsito no Rio de Janeiro decorrente dos preparativos para os jogos olímpicos, o palestrante convidado, Roberto da Costa Pimenta, coordenador do mestrado profissional em Administração Pública da FGV/Ebape, não conseguiu chegar a tempo no campus para ministrar a palestra sobre o tema A Formação do gestor no contexto da Administração Pública brasileira. Uma nova data será agendada junto à Escola Corporativa para que seja realizada a apresentação.
Caminho de aperfeiçoamento da gestão
“A instituição demanda-nos cotidianamente por gestão e precisamos ter a capacidade de dar respostas sistêmicas, construídas por meio de respostas locais”, enfatizou o vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional da Fiocruz, Pedro Barbosa, que conduziu o debate sobre temas como aprimoramento da gestão, inovação e integração das unidades da Fundação. Para o vice-presidente, “as unidades precisam ser sinérgicas, formar elos, e este processo de integração tem que estar comprometido com o adensamento de valores”. No entendimento do vice-presidente, o crescimento da Fiocruz com a abertura de novas unidades deixou a instituição mais complexa no que diz respeito ao sistema de integração. “Somos carentes em plataformas horizontais que melhor utilizem os recursos. Nosso grande desafio é nos tornarmos mais racionais, integrados, e eficientes, e dar maior valor na utilização dos recursos que estão dispersos”, afirmou.
Pedro Barbosa falou da singularidade e da diversidade da Fiocruz como instituição pública e citou uma pesquisa de reputação encomendada pela Fundação e realizada ao longo de 2014. “É impressionante a variedade de entendimentos públicos sobre o nosso trabalho. E como isso se concilia, se desenvolve? Como o gestor cria as condições para realizar esse trabalho?”, questionou, apresentando alguns dados que demonstram a dimensão da Fiocruz relativos à produção de vacinas, reativos, biofármacos, formação educacional em saúde e cooperação internacional. “O gestor tem que descobrir para fazer, ele não pode se contentar com a rotina, é preciso criar condições. Não podemos ter medo de errar, vamos errar e precisamos ter capacidade crítica para trabalhar os erros”, disse.
Pedro Barbosa falou ainda na necessidade de verticalizar a inovação dentro da instituição, perpassando do conhecimento básico até a entrega do produto. “Qual é a necessidade que a sociedade demanda? Nós estamos acomodados quanto a velocidade de soluções em relação à demanda solicitada”, explicou. O coordenador do curso de especialização, José Maldonado, defendeu que o objetivo da criação do curso é justamente dar uma resposta institucional no sentido de preparar futuras gerações de lideranças com capacidade de enfrentamento dos desafios que se apresentam no cotidiano de trabalho. “Uma instituição deve gerar eficiência em suas linhas de produto e serviços para alcançar a inovação. A Fiocruz faz isso muito bem”, disse.
Encontros semanais
Na última parte da aula inaugural, Juliano Lima falou da metodologia e formatação do curso de especialização, que tem carga horária de 460 horas com dois encontros semanais, nas segundas e terças. O curso será dividido em duas fases, a de concentração, relacionada à transmissão do conteúdo programático, e a de dispersão, quando serão apresentadas situações problemas aos alunos, que deverão coletivamente construir soluções gerenciais.
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