A oitava edição do Mestrado Profissional em Política e Gestão de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde Pública, parceria entre a Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp) e Escola Corporativa Fiocruz, teve sua aula inaugural na quinta-feira (5), no auditório da Casa de Oswaldo Cruz. A palestra magna, intitulada ‘Desafios Globais e Nacionais da CT&I em Saúde’, foi ministrada por José Eduardo Cassiolato. A aula inaugural ainda teve momento de emoção com homenagens e depoimentos de ex-alunos.
A mesa de abertura contou com a participação da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima, a vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Machado, a coordenadora-geral de Gestão de Pessoas, Andrea da Luz, e os representantes da Escola Nacional de Saúde Pública Marilene Castilho, chefe de Departamento de Administração e Planejamento em Saúde (Daps), Elyne Engstron, coordenadora do Programa Profissional da Ensp, Alex Molinaro, vice-diretor de Desenvolvimento Institucional e Gestão, e Carlos Gadelha, um dos coordenadores do mestrado profissional.
A presidente da Fiocruz falou da importância do mestrado profissional em especial sobre a possibilidade que o curso oferece para a revisão dos processos de gestão e planejamento e de como estes devem estar integrados às políticas mais amplas do país. Nísia afirmou que a Fiocruz tem responsabilidade muito grande com seus servidores, com os espaços de desenvolvimento e crescimento e com os produtos que serão gerados. “Eu quero firmar um compromisso mútuo de que a gente possa ir aperfeiçoando e que esse mestrado continue com a qualidade e excelência que sempre teve e possa estar inspirando experiências, de pensar a partir do Sistema Único de Saúde as questões de Ciência e Tecnologia, a marca deste mestrado”, disse a presidente.
A vice-presidente de Educação, Informação e Comunicação, Cristiani Machado, lembrou que o início do curso coincidiu com a regulamentação do mestrado profissional, sendo o ano de 2002 o marco inicial de um movimento de estruturação de normas do mestrado profissional no âmbito da ENSP e Fiocruz. A vice-presidente falou da sua satisfação em poder acompanhar praticamente todas as turmas do mestrado, que classificou como estratégico para a instituição. Cristiani atuou em processos seletivos, em bancas, como docente e como orientadora do programa.
A coordenadora-geral de Gestão de Pessoas, Andrea da Luz, destacou a parceria da Escola Corporativa e afirmou a importância do servidor se “desalienar da gestão”. Para Andrea, a gestão deve estar articulada com os contextos em que atua. “Ficamos dentro das unidades em que atuamos e não nos vemos como membros do sistema Fiocruz”, disse Andrea, defendendo que haja uma maior sinergia institucional para enfrentar os desafios. Para a titular da Cogepe, a gestão deve pensar além dos seus limites e entender que serve para um propósito maior e escolher caminhos a trilhar no sentido de ofertar retornos à sociedade. Andrea destacou também a parceria estabelecida entre Ensp e Escola Corporativa no aprimoramento do programa. “Estamso nos aproximando bastante da Ensp, fazendo uma identificação de servidores que ainda não tem mestrado, de pensar isso como uma trilha de desenvolvimento na carreira desse servidor”, disse.
Carlos Gadelha, coordenador do mestrado, valorizou a parceria com a Escola Corporativa e afirmou que houve “um salto de qualidade” para o programa. Gadelha fez uma apresentação inicial sobre a estrutura do mestrado, que segundo ele, se articula em três mundos: ciência, tecnologia e inovação, saúde e gestão. Gadelha entende que para a formulação e implementação de políticas públicas e processos de gestão em C&TI é imprescindível conhecer essas áreas. O coordenador enfatizou que o mestrado profissional trabalha com a ideia de equilíbrio entre a visão teórico conceitual e as propostas de intervenção práticas nas áreas específicas. Para além da sala de aula, Gadelha defende que as unidades da Fiocruz devem estar comprometidas com as propostas dos alunos apresentadas nas dissertações, pois tratam-se de contribuições para a inovação profissional. Gadelha destacou que o portfólio do mestrado está comemorando a marca de 200 dissertações e citou alguns exemplos de iniciativas implementadas pela instituição, como a própria criação da Escola Corporativa.
Alex Molinaro elogiou a presença dos egressos do mestrado profissional na aula inaugural e enfatizou a importância da aplicabilidade do conhecimento que o curso tem aportado para os gestores, que segundo ele, tem cumprido o seu papel. Molinaro classificou o programa como um “projeto vitorioso” e destacou a manutenção e o avanço da iniciativa para a instituição e o Sistema Único de Saúde.
Elyne foi no sentido de celebrar o momento de qualificação da “força jovem para outra etapa da vida”. Eline reafirmou o fôlego do programa nos seus 18 anos de existência que consegue manter a qualidade muito em decorrência dos profissionais que por ele passaram. “Percebemos isso quando vemos pessoas muito envolvidas nos seus trabalhos e que precisam num determinado momento se afastar um pouco da realidade dura e poder mergulhar nessa literatura, no mundo da ciência e tecnologia, na troca com colegas e docentes, na reflexão crítica para poder olhar seu objeto de trabalho com outra perspectiva”, disse Elyne.
Marilene Castilho falou sobre o esforço de mobilização de professores e alunos com objetivo de dar continuidade ao programa “que tem valor não só pela possibilidade de intervir, propor produtos, mas também no estreitamento do modo de pensar a ciência, a gestão e a produção do conhecimento”.
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