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Escola Corporativa investe no desenvolvimento de gestores

Uma nova edição do curso de Desenvolvimento de Competências Gerenciais foi iniciada no dia 20/8. A ação deve capacitar mais 105 gestores e coordenadores de projeto até 2020 com a abertura de outras duas turmas. Desde 2014, a atividade, ligada ao Programa de Desenvolvimento Gerencial (PDG), formou cinco turmas pelas quais passaram 170 profissionais. O curso é conduzido pela Fundação Dom Cabral, instituição parceira da Escola Corporativa Fiocruz.

O vice-presidente de Gestão e Desenvolvimento Institucional, Mário Moreira, destacou que a prática gerencial deve estar sempre acompanhada de aperfeiçoamento e atualização no sentido de melhorar o nível de compreensão do gestor. Mário lembrou que no último Congresso Interno da Fiocruz estava entre os objetivos a coleta de propostas focadas em dar “um norte político institucional para que os gestores possam desenvolver programas e projetos dentro das unidades”. A coordenadora-geral de Gestão de Pessoas, Andrea da Luz, incentivou a contínua interlocução entre os alunos e os professores, e lembrou das etapas futuras do PDG. “Este curso é um pedaço do programa, mais longo. Vocês serão convidados a participarem de outras atividades, sejam elas na Fiocruz ou fora dela. O gerente está sempre aprendendo. Vocês têm que ter esse espírito, estarem abertos a aprender, de não achar que a gente sabe tudo”, disse.

Capacitação de gestores

Juliano Lima, assessor da Vice-presidência da Gestão e Desenvolvimento Institucional, disse ser prioridade a manutenção de um programa robusto de desenvolvimento gerencial, no qual o curso é apenas uma das ações. “Esta é a iniciativa que conseguimos conquistar o conjunto da Fiocruz para a ideia de termos uma escola de formação corporativa, e dedicarmos recursos e tempo para o desenvolvimento dos gestores, da carreira de gestão. E tem muito sucesso. As pessoas começaram a falar do curso, se interessar por ele. Certamente, vocês já ouviram falar do Programa, que tem uma riqueza muito grande. A oportunidade de troca e construção conjunta de gestão no dia a dia”, disse. Juliano falou também do esforço que representa manter o PDG em um momento de crise. Para ele, o enfrentamento das dificuldades orçamentárias deve ser feito olhando para frente. “Achamos que a solução para crise está no investimento em mais educação, em mais saúde, em mais ciência e tecnologia”, concluiu. Mário Moreira disse que não se pode naturalizar as dificuldades orçamentárias. “Bancar um programa dessa natureza requer prioridade e entendimento político de que ele é importante para a Fiocruz”, disse. Para o vice-presidente, em um momento de retração do Estado brasileiro, a Fiocruz tem que ocupar espaços porque a sociedade precisa da instituição.

O curso

O curso de Desenvolvimento de Competências Gerenciais tem 64 horas-aula e se estrutura em quatro módulos: Gestão de Pessoas, Planejamento e Gestão Estratégica, Gestão do Conhecimento e da Inovação e Gestão Pública. Os módulos foram desenhados a partir de pesquisa realizada com os participantes do PDG. “O curso é continuação do que se começou lá atrás. Vamos fazendo os ajustes, pegando o que ficou de melhor. Fizemos uma remodelagem do programa para que vocês possam obter o máximo de eficiência do curso. A Fiocruz não encomendou simplesmente um projeto, ela trabalhou conosco, desenhou o conteúdo conosco”, disse Vanja Ferreira, da Fundação Dom Cabral.

O primeiro módulo será o de gestão de pessoas, competência que mais se destacou na pesquisa com os antigos alunos, segundo Luís Assis, assessor da Escola Corporativa. Serão três encontros em agosto. As atividades retornam em setembro para mais três aulas do módulo Planejamento e Gestão Estratégica. Nos meses de outubro e novembro acontecem mais dois encontros para abordar Gestão do Conhecimento e da Inovação e Gestão Pública. A segunda turma inicia as aulas em setembro, terminando no final de novembro.

Alunos

A gestão de pessoas é a competência que levou Heliton Barros, coordenador dos Serviços de Educação do Museu da Vida, a se inscrever no curso. Líder de uma equipe grande e diversa, Heliton afirma ser um desafio diário gerir pessoas em especial no que se aproxima do choque geracional. Heliton espera que o curso o ajude em questões ligadas ao planejamento e destaca a característica inovadora do programa. “É algo difícil de se encontrar no serviço público. A Fiocruz se associa a instituições de ponta para investir nos seus gestores de forma continuada”, disse Heliton que já tinha participado de outras ações de capacitação ligadas à Escola Corporativa.

Renata Frota, coordenadora do Núcleo de Projetos Estratégicos do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB), já conhecia o programa e conseguiu encaixar em sua agenda a participação nesta edição do curso. Para ela, a importância da iniciativa está em oferecer instrumentos para que o gestor busque soluções adequadas nos desafios do dia a dia, visando a melhoria do cotidiano corporativo. Renata disse que teve tranquilidade no momento da seleção e achou que não estava difícil o processo seletivo. A pesquisadora Patricia Cuervo, coordenadora de projeto do Instituto Oswaldo Cruz, disse estar vivendo uma nova experiência, tendo em vista que sua formação profissional está ligada ao mundo acadêmico. A pesquisadora se inscreveu no curso com objetivo de desenvolver ferramentas que possam melhorar o contato cotidiano com seus alunos e colegas, disse também estar aberta aos novos conhecimentos e que costuma encarar desafios desenvolvendo sua capacidade de fazer as coisas intuitivamente.