Dando prosseguimento aos ciclos de debates promovidos pela Escola Corporativa da Fiocruz, aconteceu no dia 19/4 (terça-feira), no auditório do Museu da Vida, um diálogo sobre assédio moral no ambiente de trabalho. Intitulado ‘assédio moral: o que o gestor tem a ver com isso?’, o evento teve como objetivo provocar a reflexão sobre o tema no cotidiano laboral da instituição e discutir qual o papel do gestor na mediação de conflitos e assédios envolvendo integrantes da sua equipe de trabalho.
O diretor de RH, Juliano Lima, abriu o evento, direcionado para gestores do quadro discente da Escola Corporativa, enfatizando que um dos pontos de dificuldade da gestão está na falta de capacidade para se empreender esforços no sentido de atingir um patamar necessário para se lidar com conflitos nas equipes. “Problemas acontecem e nem sempre estão relacionados à chefia. O gestor deve ser ativista e militante na construção de um padrão de trabalho mais respeitoso no sentido de buscar a diminuição de ocorrências de conflito”, disse Juliano, destacando que o gestor deve se antecipar ao processo que culmine no assédio moral. “A abertura de processo se dá quando a relação já está esgarçada. O gestor tem papel diário na abordagem das relações pessoais. A Direh não vai empreender padrão de relações, isso é papel do gestor”.
O debate foi conduzido por Andrea da Luz, chefe do Departamento de Desenvolvimento em Recursos Humanos (DDRH/Direh) e Luciana Cavanellas, da Coordenação de Saúde do Trabalhador. Os gestores foram divididos em grupos com a proposta de responderem ao questionamento central da oficina. “Queremos gestores acolhedores para trocar situações e vivências. Nem sempre temos dispositivos para dar conta do problema. É preciso boa vontade. Temos que pensar em ferramentas para encontrar soluções”, explicou Luciana.
Andrea da Luz disse que a Direh está aberta para a conversa em caso do gestor achar que um processo envolvendo assédio moral não está sendo bem encaminhado, mas ressaltou que quando inicia a sindicância ou o processo administrativo disciplinar, a unidade não pode interferir. A diretora defendeu ainda o texto da cartilha sobre assédio moral, editada pela Comissão de Prevenção e Enfrentamento do Assédio Moral e Violência no Trabalho e o Comitê Nacional Pró-Equidade de Gênero e Raça da Fiocruz, como um importante instrumento para definir a diferença entre assédio e conflito. Andrea disse também que já estão programadas ações que serão desenvolvidas com os gestores da Fiocruz, como uma oficina de gestão de conflitos elaborada pelo Núcleo de Saúde do Trabalhador (Nust), visitas da Comissão de Assédio as unidades Direb e IFF e a participação da Comissão no CD Fiocruz, em maio.
Divulgado em 25/4/2016
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